João Lourenço irrita Isabel dos Santos
Lisboa - Desde a sua ascensão a liderança do Estado angolano, o general João Manuel Gonçalves Lourenço tem estado a tomar discretas medidas do interesse nacional que por sua vez acabam por “irritar”, Isabel dos Santos, a filha de José Eduardo dos Santos.
Fonte: Club-k.net
PR reabilita quadros marginalizados pela empresaria
Exemplos concretos:
Isabel dos Santos convenceu o seu pai, Eduardo dos Santos a alterar o estatuto da sonangol para passar para si, os poderes do chefe de executivo de nomear administradores da petrolífera estatal. O Presidente angolano, João Lourenço, assim que tomou o poder criou uma comissão para melhoria do sector petrolífero chamando a si, o controle desta indústria.
Antes de o seu pai deixar o poder, Isabel dos Santos tentou, sem sucesso, persuadi-lo a exonerar o ministro das telecomunicações José Carvalho da Rocha por este ter rejeitado atender um pedido para aumentar os tarifários das redes de telefonias em Angola. Ao assumir o poder, o general João Lourenço manteve José Carvalho da Rocha no cargo de ministro.
Quando assumiu a Presidência da Sonangol, Isabel dos Santos, exonerou o então Presidente da comissão executiva da Sonangol Pesquisa e Produção (SNL), Carlos Sousa e Oliveira, em condições humilhantes acusando-o de apresentar “as maiores debilidades de gestão e consequentemente de desvios financeiros”. Para sua “irritação”, o PR, João Lourenço nomeou recentemente Carlos Sousa e Oliveira como Secretario de Estado dos petróleos, que o coloca numa posição de superior hierárquico de Isabel dos Santos e dos seus consultores portugueses.
Durante 20 anos, Isabel dos Santos - por intermédio do poder do seu pai - detinha o monopólio do sector das telecomunicações impedindo que outros empresários quer nacionais ou estrangeiros abrissem outras redes de telefonia móvel, concorrentes, em Angola. Nesta condição de detentora do monopólio das telecomunicações, Isabel dos Santos estabelecia os preços mais altos no mercado através da sua UNITEL. Para alegria dos angolanos, o Presidente da República, João Lourenço, declarou esta segunda-feira, 16, que vai submeter à Assembleia Nacional a aprovação da lei da concorrência, de modo a acabar com os monopólios e outras imperfeições existentes no mercado angolano.
Em Fevereiro de 2016, quando ainda estava como consultora da comissão de restruturação da petrolífera estatal, Isabel dos Santos colocou o então PCA, Francisco de Lemos José Maria, numa posição de seu subalterno resultando na humilhação deste economista. Para o seu “desconsolo”, tem circulado informações que apontam o nome de Francisco Lemos Maria na linha de preferidos para a liderança do BNA.
No seguimento da alteração dos estatutos da Sonangol, Isabel dos Santos afastou recentemente da empresa, o engenheiro Paulino Jeronimo, um administrador executivo e quadro da confiança do general Leopoldino do Nascimento “Dino” . Para sua perturbação, surgem também informações, embora que desencontradas, que colocam Paulino Jeronimo como candidato a liderança da futura agencia dos petróleos, órgão que teria a competência de regularizar e acompanhar a Sonangol.
Desde que se tornou Presidente da Sonangol, Isabel dos Santos tornou-se foco de instabilidade em Angola. Dentro do MPLA, tem havido pressões para que o Presidente João Lourenço lhe afaste da Sonangol para evitar com que a mesma afunde a petrolífera estatal. Recentemente, uma dirigente da OMA, Lourdes Caposso, lançou nas redes sociais, um apelo sugerindo o resgate da Sonangol. Ao mesmo tempo os funcionários da empresa avançaram com um manifesto para que o PR anule o decreto que a coloca com poderes de nomear os membros do CA da empresa.
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